A antítese da tese,
antípoda próxima,
síntese sem resumo,
verso ao inverso.
O que sou, afinal,
senão a palavra
que se lê, ou não,
explícita ou calada,
inteligível e hermética
a que não se explica?
Às vezes elipse,
às vezes pleonasmo,
geralmente hipérbole.
Quem sou, afinal?
Alquimista fugaz,
breve e taciturna,
que faz silepse mas
nem sempre sinapse.
Tudo isso, e mais.
Há sempre mais detrás
das mil figuras de linguagem,
algumas inventadas,
parafraseadas,
artificiosamente urdidas,
artificiosamente urdidas,
mas, com certeza,
prosopopeia jamais!
4 comentarios:
Muito muito bom, Lota. Se importaria que eu usasse esse poema numa aula de Poetrix que vou dar em escolas públicas? Falarei de algumas figuras de linguagem...
"há sempre mais detrás
das mil figuras de linguagem"... con total seguridad....
Imagina Marilda, será uma honra! Me conte depois como foi, ou seja, como receberam a "brincadeira didática"...
Um abração
Si habrá, verdad Sergio!? Hace tiempo que no te veía por aquí... Un abrazo todavía desde un verano algo insoportable!
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