Vem embora pedreiro Pedro
que esse trem é desespero,
quem espera nunca alcança
e a tardança te desanca,
te maltrata, mais e tanto
- pasto-rasteiro enredado -
prende nos trilhos, estanca.
Apaga a luz e cai fora,
larga essa vida pra lá,
tanto penseiro não presta,
lá fora tem horizonte
dando espaço pra ilusão.
Aqui solidão é mato
que mata pelo descaso,
mirra da pele pra dentro,
não carece embaçar também.
Junta a tralha, coisa pouca,
deixa essa espera pra lá,
que a viagem fica mais leve
quando se faz com amigo.
Vem comigo pedreiro Pedro,
que esse trem já não vem,
já não vem, já nem tem...
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