13 dic 2012

Palavras na entrega dos Troféus Gralha Azul 2012.

"Não gosto muito de rótulos, nada que enquadre (no máximo uma boa iluminação!). O único que aceito bem feliz, há 47 anos, é o de atriz.  Tudo o mais é consequência da inevitável necessidade de participar do mundo, de me reinventar, de contribuir com a minha pArte.

Gosto de me emocionar, gosto de suspense, gosto de duvidar, gosto de sentir que não, que não sei tudo, que não consigo imaginar tudo, e de saber que sempre tem alguém escrevendo, cantando, interpretando, e que pode me levar pela mão nesse caminho.  Gosto... Sim, gosto de palavras.

É por elas que estive aqui neste mesmo palco, recebendo um Gralha Azul de Melhor Autor, há 28 anos.  
E é por elas que estou aqui hoje, recebendo este afeto explícito e entregando o Gralha Azul 2012 de Melhor Texto Original.

Acredito em algumas coisas: que se permitir, participar, se expor de peito aberto ao julgamento do outro, é um ato de entrega e de valentia.

Que um prêmio é uma festa e também o reconhecimento a esse ato, e que é muito importante que exista um reconhecimento para que este ato seja parte, cada vez mais, de um círculo virtuoso e contínuo.

Então, longa e feliz vida ao Troféu Gralha Azul, aos seus criadores e àqueles que o tornam possível e importante."

Lota Moncada
















Em tempo (espero!): faço público meu agradecimento à paciente, inteligente, boa poeta e amiga Germana Zanettini que me ajudou na elaboração deste pequeno texto. Confesso, sou meio travada quando "não estou personagem"!

E parabéns Germana, não é pra qualquer um ser finalista no Açorianos!










2 comentarios:

Germana Zanettini dijo...

Que lindo! Gracias, querida. E disponha! ;)

Val Dantas dijo...

Ficou ótimo! Deve ter sido um momento lindo mesmo! E que venham outros tantos! Vida longa à Lota Moncada atriz, escritora, poetisa, etc e etc.