É tanto blá-blá-blá
que virou só um
som ininterrupto.
O canto do galo,
do grilo, da coruja,
até do sapo o coaxar
lembram uma melodia,
na opinião dos soi-disant.
Só eu não acho?
Mudei os óculos, aflita
- meus ouvidos moucos
não percebem sentido
nesse blá-blá-blá vazio -
esperando que os olhos
o pudessem decifrar.
Teimosa, questiono:
qual o objetivo do palavrório
derramando sem transcender?
Se for canção ou poesia,
creiam, para boa melopeia
é preciso, ao menos,
uma troca de vogal.
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