E falo com elas, teimosa falo,
mas nada… Somente o silêncio.
Às vezes, uma mancha disforme,
umidade, camaleônico bolor
e seu hálito, me soam resposta.
E pergunto, obstinada pergunto,
aguço o ouvido… Só o silêncio.
Por instantes, o som surdo
de passos perdidos, pegadas
sem marca, parece responder.
E velo, insone vigio,
plena de escuta e mutismo.
Um segundo passa como corredeira,
arrasa fiapos de vida. Em seu lugar,
ausência, isolamento, medo.
E ainda assim, espero, vitimizada
espero, me odeio e espero. Em silêncio.
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