Hoje é um dia bem difícil.
Já sei, já sei,
a vida é difícil, este ano tem sido muito difícil. O século xx mais o que vai
do xxi completaram este ano a mesma duração que a Guerra dos 100 anos (que, como sabem, durou
116 ...), só sem as monarquias daquela época, e talvez, com consequências bem
piores e por motivos torpes.
Mas voltando a nossa pequena terra em órbita, e mais especificamente
ao nosso quintal, temos um dia de impotência e luto; de absurdos inacreditáveis;
de idiotismo completo, total e sem cura; de desânimo sem redenção.
E pairando no ar, formando aquela densa nuvem de
perplexidade, ficam as perguntas: o que podemos fazer realmente? O que devemos
fazer? Como? Com quem?
Por outra parte, também acontecem boas coisas, pequenas talvez diante da magnitude
dos fatos que vivemos e da absoluta incerteza de um futuro razoável, mas coisas
feitas por nós, seres humanos que reivindicamos nossa condição todos os dias,
com muito trabalho e dedicação, e frequentemente sem qualquer reconhecimento, como o lançamento de um livro, hoje, neste caso, a antologia Blasfêmeas:
mulheres de palavra, um belo trabalho conjunto, se quiserem ver mais, aqui: https://www.facebook.com/events/230745147360683/
E não, não estou “usando” a terrível situação que
vivemos em “proveito próprio”, e nem procurando a autocomiseração, ao contrário, num momento
assim, lembro muito de um escritor a quem admiro como tal, mas com quem nunca
concordei com suas posições políticas (bastante mutáveis por sinal!) embora
reconheça nele momentos de grande lucidez, o peruano Mario Vargas Llosa: “ Só
um idiota pode ser completamente feliz.”
E ainda me pergunto se não se poderia acrescentar: “E talvez,
um canalha.”
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