Tento, neste
instante, pentear os cabelos da Medusa, de olhos bem fechados e sem espelho -sem
essa de virar pedra! - esperando por Perseu um tanto inquieta.
Penso – mas não
desisto, já que pensar é gratuito - se as asas do Pégaso teriam sofrido algum
dano, ou se perderia a hora abrindo a fonte Hipocrene a coices, o seu lado
cavalo, afinal, alguma vez tem de aparecer!
Bem, Andrômeda não
perde por esperar, quando Perseu chegar virá exuberante de inspiração. Aman!
Ó, meus deuses!
Eu é que ando precisando subir ao Hélicon! Beber a água das suas fontes, dançar
um pouco também não seria ruim, viajar pelo mítico universo, bater um papo com
as Musas...
O resto do elenco, já pronto, emite sinais de impaciência, se irrita,
fuma...
Ainda bem que há
um Sir (ele ainda vira Lorde!) no papel de Zeus. Além de bom ator, um perfeito
cavalheiro!
Pelo andar da
carroça, ou viro pedra e não rola (vamos dar uma trégua ao Sísifo...) ou a Fúria
dos Titãs vai ter que se aquietar até 1981! Ou pior, esperar pela terrível
homenagem aos Cavaleiros do Zodíaco do remake de 2010, esse sim, um titânico
fracasso!
Mas também, quem
me manda ser continuísta de cinema! Essa coisa de manter a harmonia não me fala ao coração!
Outra opção é deixar de querer ser estrela e virar logo constelação!
Sir Laurence Olivier, sendo Zeus no filme "Fúria de titãs" (Inglaterra, 1981), em um intervalo da filmagem, não resiste a uma bela xícara de chá. |
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