4 jun 2015

CineMito delirante - L. Moncada

Tento, neste instante, pentear os cabelos da Medusa, de olhos bem fechados e sem espelho -sem essa de virar pedra! - esperando por Perseu um tanto inquieta.

Penso – mas não desisto, já que pensar é gratuito - se as asas do Pégaso teriam sofrido algum dano, ou se perderia a hora abrindo a fonte Hipocrene a coices, o seu lado cavalo, afinal, alguma vez tem de aparecer!  

Bem, Andrômeda não perde por esperar, quando Perseu chegar virá exuberante de inspiração. Aman!

Ó, meus deuses! Eu é que ando precisando subir ao Hélicon! Beber a água das suas fontes, dançar um pouco também não seria ruim, viajar pelo mítico universo, bater um papo com as Musas...

O resto do elenco, já pronto, emite sinais de impaciência, se irrita, fuma...
Ainda bem que há um Sir (ele ainda vira Lorde!) no papel de Zeus. Além de bom ator, um perfeito cavalheiro!

Pelo andar da carroça, ou viro pedra e não rola (vamos dar uma trégua ao Sísifo...) ou a Fúria dos Titãs vai ter que se aquietar até 1981! Ou pior, esperar pela terrível homenagem aos Cavaleiros do Zodíaco do remake de 2010, esse sim, um titânico fracasso!

Mas também, quem me manda ser continuísta de cinema! Essa coisa de manter a harmonia não me fala ao coração!

Outra opção é deixar de querer ser estrela e virar logo constelação!

Sir Laurence Olivier, sendo Zeus no filme "Fúria de titãs" (Inglaterra, 1981),
em um intervalo da filmagem,  não resiste a uma bela xícara de chá.





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